domingo, 1 de agosto de 2010

Como em uma história

"Olha para mim me diz o que sente"
Ela me disse com um tom grave
Não conseguia olhar
Nem sentir o que acontecia
Só conseguia sentir aquela sentimento
Que saia de mim e dela
E seu discurso só acabava mais comigo
E eu queria entender porque depois da sua ausênsia
Eu não sentia meu coração
Tinha um buraco nele.
E eu sabia o motivo.
Era aquela mulher. Sou eu.
Aquele desejo, aquela necessidade de querer mais.
E só eu era culpado.
Casamento.
Me meti niso.
Para sempre.
Era o que dizia o contrato.
"Então se era para sempre, porque você faria isso?"
As palavras dela passavam na minha cabeça.
Ela estava sendo arrogante.Forte.
E eu não podia ficar bravo.
Mas é que os olhos de quem vê aquele colo branco á mostra
Não a tentar tê-lo.
Mas a maravilhosa mulher de casamento
Decaiu. Se sentiu paralisada.
No exato momento em que eu disse:
"Estou preso por outra mulher"
Seu rosto foi mudando.
Lágrimas caiam e palavras saiam.
Aquele gosto de cair no abismo sem a segurança
De alguém para te segurar lá no final da experiência
Me fez desmoronar.
Enquanto eu andava na rua, me dei conta e parei.
Percebi que já tinha cavado minha cova e estava entrando nela
Eu só conseguia ouvir:
"Tríra. Traíra. Traíra"
Ela tinha definido meu personagem.
Minha vida caiu por um prazer a mais .
Um saliva a mais.
Mas na verdade, eu já não tinha mais vida.
A mulher fina não era porto-seguroera apenas prazer.
Mas que seja, não podia voltar para lá mesmo.
Nem para realidade, nem para infidelidade.
"Infiel. Infiel. Infiel."
Gritava na minha cabeça e corria pelas minhas veias.
A agônia passava no meu sangue e eu me joguei no mar.
Meu social molhou.
O meu prazer acabou.
Meu motivo de vida foi embora.
E aqui meu desespero termina.
Para abrir as portas para minha conciência.
Para solução. Solução?
NÃO TEM SOLUÇÃO!
Gritei no meio de pessoas repletas de felicidade.
-..
Eu sentei na areia.
A mulher que me satisfez passou com outro .
Outro! Era outro!
Ela não se importava se eu olhara ou não.
Ela olhou para mim, levantou a sobrancela.
Sinal de "que pena"
Pena!?
Penas me fazem voar, mas o que eu menos queria era me mexer agora.
Esse era o sentimento, pena, que eu tinha por mim.
Mas eu estava errado"
Sentir pena não me trouxe aqui.
Eu continuava gritando.
Eu estava desesperado, eu não tinha para onde ir.
Cadê beijos calorosos, roupas suadas a ardência?
CADÊ!?
Foi meu último grito.
Depois disso, desmaiei.
-..
Acordei já seco , na noite da praia.
Ninguém tinha se importado.
Ninguém reparou em mim.
Mas eu não era o rico e protagonista de grandes vidas?!
Nunca fui , nunca fui exemplo para ninguém.
Eu sempre fui um ninguém destruiu a única importância.
Meu único motivo.
Chorei.
A noite demorou e não acabava.
E ela ainda ajudava a gritar masi um pouco:
"Eu te amei, te dei deus e o mundo, mas você preferiu a simplicidade falsa."
Eu estava me corrigindo, mas ela não ligou.
Eu chorei, chorei, gritei denovo, não conseguia parar de gritar.
Porque não passava, meu deus porque não passa?
Vomitei.
Passei mal.
Cai.
Fiquei em choque.
Aí que minha loucura começa.
Eu permanecia em choque até amanhecer.
E quando o sol veio socar minha cara.
Eu já tinha perdido a razão.
Meu ar faltava, não conseguia lembrar como falar, ou pensar.
Eu estava morrendo por dentro.
Atrofiando sentimentos.
Aí eu percebi, que tinha acabado de cairr do abismo e eu tinha muito o que aprender.
Adeus minha obsessão descoberta agora.
E olá cheiro de memória que vai ficar me abrigar para sempre nessa minha mente solitáriae completamente dramatizada.

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