quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Dentro de mim

Tem algo dentro de mim,
Algo que se diz tão vivo, mas que está morrendo aos poucos
E se vai sem nenhuma dó de mim,
Ele se solta como quem precisa acabar,
Mas que ao mesmo tempo que tem que acabar, não quer acabar perto de mim.

É algo que me deixou paralisada, me pegou de surpresa,
E que me fez criar um carinho imenso, me fez criar um apreço inomiável
Mas ele não quer me ver sofrer, mas ele precisa acabar,
Como quem tem medo de fazer-se fraco,
Como quem quer se esconder para não dizer que chorou.

E ele vai indo, vai sair da minha vida
Não queria que fosse, mas parece até que.. já foi.
Não precisava ir, mas teve, teve e foi sem nenhum esforço
Não se conteve em ir embora, e eu ?
Como eu fiquei ?
Não sei, me parece que ainda há uma parte dele dentro de mim
Afinal, uma vez dentro de mim, sempre haverá um pouco para relembrar.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Só para lembrar vocês

Amigos.

Nem sempre para sempre sempre. Mas sempre para nós.

Amor de começo

Meu amor, te pedi um beijo,

um sossego, um cheiro,

um silêncio, um momento,

um sonho lindo, um segundo de suor.

Te pedi novidades, moralidades,

conversas, contrariedades.

Meu amor fez parte de rua,

solta chuva, parte de mim nua,

quase sua.

Fez-se uma estrela, porpurina,

e na minha vida me trouxe luz, liberdade de ver.

Fez-se chuva denovo então só para denovo te ver.

Lúxuria

O desejo e a luxúria dominaram todas as minhas vértebras, passaram tremidos e comprimidos todos até a saída da minha boca para explodirem no meu peito. Eles arranharam minhas costas e passaram pelos meus cabelos, os desejos todos me dominaram.

Me dominaram por dentro e fora, e meu corpo parecia estar se colidindo a algo, e num calor incontrolável me fez trazer cabeça para trás e ter um relance de movimento. Me senti suada e totalmente fora de mim, com uma troca de mãos inevitável, se passaram dedos pela minha cintura e se fez então um laço apertado de tremederas quentes.

E ao terminar o indomável sentido eu me joguei nos braços dele, como quem acaba com uma luta e termina seu dever, me deixando levar pelos seus movimentos., com um suspiro a cada vez que se aproximava mais, e aos beijos calorosos me peguei voltando a mim e saindo dali.

Sai com bocas vermelhas e mãos tremidas, a luxúria de um só ser pode ser mais forte que um rugido grave de mamífero.

Apresentação cotidiana

Faz parte do meu show tirar de tudo visto um pouco para distribuir por aí. Aprendi a viver com a música pingando em cada pedaço dos meus sentimentos, em cada pedaço do meu corpo, me trazendo cada vez mais uma harmonia que seja apenas: Eu.
Me peguei pensando em milhões de pessoas, já vivi besteiras, já transformei meu spoemas em música, já transformei música em poema, virei meu mundo de cabeçca para baixo por pessoas que agora são esquecidas.
E tudo me trouxe aqui, pronta para mais um batalhão de pensamentos me dizer que é só isso e nada mais, só...

Ações mal-feitas, erradas ?

Pulei tão alto. Fui tão, tão mais longe
Criei meus próprios obstáculos.
Debati pessoa por pessoa.
Dei uma vida e meia para várias pessoas.
Ofereci uma quantidade inédita de mim como sou, e quem disse que me compreenderam ?

Mostrei o máximo como eu poderia ser,
Tentei viver longe das pessoas, depois muito perto, depois meio termo,
Expus-me completamente,
Dei abraços demais, sorri demais, desviei olhar demais
E ainda reclamaram de eu exagerava demais.

Falei baixinho, me cobri em toda,
Tomei água pura como é,
Peguei de todo as informações impostas para mim,
Trouxe pedaçinhos da minha pouca vivência para quem precisava de ajuda,
Tentei mudar coisa ruim em mim, coisas ruins em mims
E disseram que era pouco demais. Que devia me entregar mais, fazer mais.

Está bem. Berrei, suei, mostrei que podia,
Voei para perto da saudade de quem eu tinha,
Fui caindo pouco em pouco, e nem abalei-me
Cortei risadas, cortei vozes, cortei vidas de perto de mim,
Fiquei queta, fiquei neurótica,
Virei uma vida mais pesada, uma parte tenebrosa,
E disseram que eu era depressiva. Quem algum dia me disse que estava bem ?

Então me vi caindo, caindo, caindo,
E por fim, só no fim, bem no fim de hoje,
Me vi reerguendo as bases, para poder reerger minha varanda pequena,
Decidi que eu me julgaria, só eu,
Decidi que olharia profundamente dentro dos olhos das pessoas,
Decidi que viveria por mim,e pelos outros, ams sem desesperamentos,
Decidi que sabia que iria cair milhões de vezes,
Decidi que ficaria bem sempre que preciso, que choraria quando em nunca,
Decidi que seria eu do jeito certo, e de como achava bem.
Não disseram mais nada, se calaram por um tempo.

E então, a final, me peguei entendo minha vida por si só.
E então foi necessário passar por todas as etapas, e chegar aqui
Sabendo agora, o que estou fazendo.
Alguem disse alguma coisa ?

Jurava que tinha ouvido algum susurro novo.

Durou tempos

Depois de sentir solidão,
Depois de tirar do ventre meu perdão,
Depois de criar ilusões,
Depois de viver sem visão,
Depois de pisar em areia que afunda o pé,
Depois de olhar falsidades,
Depois de ver mar lutando forte contra mim,
Depois de ver a terra pronta para me puxar para dentro,
Depois de ficar sem colo, sem carinho, sem apegos,
Depois de perder conselhos,
Depois de cair,
Depois de desejar mais um beijo apenas,
Depois de todos irem embora,
Depois, bem depois que tudo se foi e aconteceu.

Só depois, eu amadureci.