quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Quando eu irei descobrir-me ?

Na vida a gente encontra o novo ser,
Um novo jeito de viver.
Um ser que não somos nós.

Ser veio vindo, trouxe tão rápido a vida,
Todinha para mim, todinah em um porta-jóias,
Estava pronta para ser aberto, descoberto.

Tirei tudo que via com partes brilhantes,
E por último olhei uma carta,
A carta que dizia minah vida,
O que eu deveria descobrir.

Tinha meu nome,
Tinha meu ser encontrado.

Mas quem disse que eu poderia ler ?
Não podia ler, minha existência eu deveria descobrir,
Conforme o tempo passava.

Foi assim que fui ensinada,
Talvez não estivesse pronta para abrir,
Talvez fosse grande impacto de criança assustada.

Tenho a carta ainda guardada,
E o porta-jóias intacto dentro de uma mesinha,
Com gavetinhas de menina.

Deixo tudo escondido para ninguém nunca descobrir,
Quem sou eu antes que eu mesma me descubra.

Novo mundo, pequeno mundo

Nasci tortinha,

de perninhas para dentro,

um pouco solta para voar.

Fraquinha de menina,

Magrinha de criança,

Barrigudinha de bebê.

Criei imagens,

Vivi descobertas,

Fiz um novo mundo.

Mundo pequeno era para mim,

Mas ninguém me explicou que o mundo era grande,

Grande que nem meu pai era.

Descobri que vivia em um mundo de muita gente,

Gente além de mim,

Gente maior que eu.

E eu pensando que o mundo,

Todo ele, grande como era,

Era um todo da minha iamginação.