quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Táxi

Ainda se ouvia um resquício surdo de alguma música
Estavam todos cansados demais para falar
Eu olhava o frio do lado de fora do táxi
Era uma noite embaçada
O taxista resolveu aumentar o som
Ele era estranho, meio misterioso, no sentido diferente
A s ruas estavam vazias demais
Não havia ninguém naquele domingo mais escuro
O taxista olhava e reolhava todos nós e as ruas
Ele para mim como um louco, demente.
Pegou algo escondido e estacou no peito de meu pai
Quando vi do banco de trás, minha mãe e eu nos jogamos porta a fora do táxi
Nós corremos o máximo que pudemoss,
Estávamos do lado da nossa casa,
Entramos e trancamos a porta
A partir desse dia criei um tipo de síndrome
Nada cura, nada me deixa esquecer uma morte de superar.

Sentimento confuso

Foram contidos como um bicho
Meus sentimentos indecisos
Que não se explicam
E não me deixam em paz
Que me tornam mais confusa do que já sou
Mas mesmo assim me traduzem, me explicam
Eles mostram a todos a minha explosão.
Mas pelo menos sou eu mesmo.
Aceitando ou não, vou sempre ser o sim e o não
Sempre vou ser a sua indecisão
A indecisão que persegue os meus sentimentos
Mas me tornaam a única e verdadeira , eu.

A diferença feita

Só um dia faria toda a diferença
Um momento a mais com você
Uma palavra trocada com você
Qualquer toque, agora, faria a diferença
E um último beijo demonstrado com sinceridade
Hoje, faria realmente diferença.
E seria a luz trazida para os meus olhos
As mesmas luzes que eu tinha quando podia, em segredo, te tocar.
Te amar.
E era fácil te dizer o quanto isso era importante.
O difícil é dizer agora.
O quanto e importante sentir você.
E ter a sua paz e calma de volta.
Porque tudo o que eu quero é parar com essa agonia.
Com essa angústia.
Que sua falta me trouxe.
E sua saudade já não demonstrada
Só piora meus sentimentos,
Como um veneno injetado em minhas veias
Que se fixou no meu sangue.
Que agora ja não sai mais.
Que agora já fez passar a diferença
Que tanto esperei e mesmo assim perdi.
Me trazendo hoje aqui
Sentada nessa cama, sosinha, pensando em você.
Sem diferença e com um veneno
Que ainda vai me corroer por algum tempo.

domingo, 1 de agosto de 2010

Uma flor, passem longe.

Custumava a andar nas ruas.
Quando o tempo era pureza.
Quando não tinha asfalto.
E flores ainda brotavam.
Resolvi andar hoje.
Pela sujeira que causamos.
Parei na frente de um pedaço de seda branco.
Não , não era seda.
Ah! Era uma flor.
Uma flor, passem longe.
Desviem e cuidem.
É feia mas é uma flor.

Flor branca

Suavizada pelo frio.
Eu estava tão feliz de estar naquele campo.
Com tantas margaridas brancas.
Minha bicicleta cansada de rodar.
Estava parada ao lado de uma árvore.
Os pássaros passavam e repassavam por cima de mim.
Meu choro estava passando, e eu percebi.
Que ela cuidava de mim mesmo de longe.
Eu demorei para perceber.
Que ela não foi embora totalmente.
Peguei uma margarida e a puis.
Como marcador de livro.
A flor branca caiu no meu colo e sorriu para mim.
Eu fiquei encostada naquela árvore sonhadora.
Por horas.
Levantei no fim da tarde.
Desci aquela ladera de grama com a bicileta.
Passei pelo lago e fui para casa.
Com minha flor vivi e superei.
Aquilo que já passou e que eu sei que vou esquecer.

Como em uma história

"Olha para mim me diz o que sente"
Ela me disse com um tom grave
Não conseguia olhar
Nem sentir o que acontecia
Só conseguia sentir aquela sentimento
Que saia de mim e dela
E seu discurso só acabava mais comigo
E eu queria entender porque depois da sua ausênsia
Eu não sentia meu coração
Tinha um buraco nele.
E eu sabia o motivo.
Era aquela mulher. Sou eu.
Aquele desejo, aquela necessidade de querer mais.
E só eu era culpado.
Casamento.
Me meti niso.
Para sempre.
Era o que dizia o contrato.
"Então se era para sempre, porque você faria isso?"
As palavras dela passavam na minha cabeça.
Ela estava sendo arrogante.Forte.
E eu não podia ficar bravo.
Mas é que os olhos de quem vê aquele colo branco á mostra
Não a tentar tê-lo.
Mas a maravilhosa mulher de casamento
Decaiu. Se sentiu paralisada.
No exato momento em que eu disse:
"Estou preso por outra mulher"
Seu rosto foi mudando.
Lágrimas caiam e palavras saiam.
Aquele gosto de cair no abismo sem a segurança
De alguém para te segurar lá no final da experiência
Me fez desmoronar.
Enquanto eu andava na rua, me dei conta e parei.
Percebi que já tinha cavado minha cova e estava entrando nela
Eu só conseguia ouvir:
"Tríra. Traíra. Traíra"
Ela tinha definido meu personagem.
Minha vida caiu por um prazer a mais .
Um saliva a mais.
Mas na verdade, eu já não tinha mais vida.
A mulher fina não era porto-seguroera apenas prazer.
Mas que seja, não podia voltar para lá mesmo.
Nem para realidade, nem para infidelidade.
"Infiel. Infiel. Infiel."
Gritava na minha cabeça e corria pelas minhas veias.
A agônia passava no meu sangue e eu me joguei no mar.
Meu social molhou.
O meu prazer acabou.
Meu motivo de vida foi embora.
E aqui meu desespero termina.
Para abrir as portas para minha conciência.
Para solução. Solução?
NÃO TEM SOLUÇÃO!
Gritei no meio de pessoas repletas de felicidade.
-..
Eu sentei na areia.
A mulher que me satisfez passou com outro .
Outro! Era outro!
Ela não se importava se eu olhara ou não.
Ela olhou para mim, levantou a sobrancela.
Sinal de "que pena"
Pena!?
Penas me fazem voar, mas o que eu menos queria era me mexer agora.
Esse era o sentimento, pena, que eu tinha por mim.
Mas eu estava errado"
Sentir pena não me trouxe aqui.
Eu continuava gritando.
Eu estava desesperado, eu não tinha para onde ir.
Cadê beijos calorosos, roupas suadas a ardência?
CADÊ!?
Foi meu último grito.
Depois disso, desmaiei.
-..
Acordei já seco , na noite da praia.
Ninguém tinha se importado.
Ninguém reparou em mim.
Mas eu não era o rico e protagonista de grandes vidas?!
Nunca fui , nunca fui exemplo para ninguém.
Eu sempre fui um ninguém destruiu a única importância.
Meu único motivo.
Chorei.
A noite demorou e não acabava.
E ela ainda ajudava a gritar masi um pouco:
"Eu te amei, te dei deus e o mundo, mas você preferiu a simplicidade falsa."
Eu estava me corrigindo, mas ela não ligou.
Eu chorei, chorei, gritei denovo, não conseguia parar de gritar.
Porque não passava, meu deus porque não passa?
Vomitei.
Passei mal.
Cai.
Fiquei em choque.
Aí que minha loucura começa.
Eu permanecia em choque até amanhecer.
E quando o sol veio socar minha cara.
Eu já tinha perdido a razão.
Meu ar faltava, não conseguia lembrar como falar, ou pensar.
Eu estava morrendo por dentro.
Atrofiando sentimentos.
Aí eu percebi, que tinha acabado de cairr do abismo e eu tinha muito o que aprender.
Adeus minha obsessão descoberta agora.
E olá cheiro de memória que vai ficar me abrigar para sempre nessa minha mente solitáriae completamente dramatizada.