quinta-feira, 22 de julho de 2010

Raízes

Tão delicada , como um flor que foi retirada do seu lugar,
Da sua raiz.
Delicada a ponto de cair se alguém encostar nela.
Cabelo preso, e corpo ainda não descoberto.
Vida coberta por um céu de mágoas.
Mas um pensamento tão maduro e claro,
Que é difícil entender tal contração.
Mas ainda assim delicada.
Roupas brancas.
Gostaria de flutuar lugares e parar em um campo aberto.
Céu claro e sol branco abrindo seus pensamentos.
E pela sua cara nesse momento,
Nunca esteve em tal significante lugar.
O céu preto que a cobre agora
A está lavando.
E a tornando mais uma vez indefesa.
Ela senta na calçada vazia.
Pequena, pequena menina,
Que já foi transformada tão cedo em mulher.
Mas como deseja ainda ter trancinhas e vestidinhos que sua mãe lhe deu.
Para poder voltar para sua antiga alma.
Quando estava se sentindo sosinha e sua mãe a abraçava.
Sentada na calçada de vidro, ela olha o poste de luz
Sua vida já não é mais a mesma.
Sofreu perda.
Então assim sendo continua sendo delicada.
Como a flor que foi retirada de sua família.

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